De Strokes a Linkin Park: As 20 Bandas que “Salvaram” o Rock nos anos 2000

Descubra quais as bandas foram consideradas as salvações do Rock nos início dos anos 2000. Fomos além de White Stripes, Strokes e Linkin Park.

Chester Bennington do Linkin Park capturado em plena performance por Ethan Miller – uma visão emblemática da energia e emoção que definem os shows da banda.

Introdução

Quais Bandas “Salvaram” o Rock nos Anos 2000?

O Rock nos anos 2000 teve tantos salvadores e novos “messias” (que resgatariam o verdadeiro espírito do estilo e o colocaria em evidência novamente) que foi até fácil responder essa pergunta.

Mas vamos voltar um pouco no tempo e entender porque o mainstream clamou tanto por um salvador do Rock no início do novo milênio.

O Rock Antes dos Anos 2000

Desde seu surgimento “oficial” no ano de 1955, o Rock figurou sempre nos charts de sucessos, seja na América ou na Europa. Nos anos 1970, e mais ainda nos anos 1980, o gênero figurou com grande destaque, sendo que aproximadamente 70% das canções de sucessos eram rotuladas em algum sub-gênero do Rock.

Porém, em meados dos aos 1990 o panorama mudou e o Rock começou a perder sua força no mainstream, numa escalada ao longo dos anos, à partir de 1994, que se empanturrava de boy bands, “divas” pop, e um pseudo-Rock, até que no fim da década, muitos veículos da imprensa musical decretaram a morte do Rock N’ Roll.

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Em 1994, morria Kurt Cobain e o Nirvana, o Guns N’ Roses já amargava a geladeira, Bruce Dickinson havia saído do Iron Maiden, o Queen já não existia mais, e o que nos sobrava eram a rixas mimadas do Oasis, a lamúria rebelde do Cranberries, os escassos lampejos do Red Hot Chili Peppers, ou o punk de butique do Green Day e do Offspring.

Claro que no underground existia uma cena pulsante e prolífica, que seria redescoberta anos mais tarde, com a popularização da internet, que naquele ano de 1995 era apenas um sonho de ficção científica, enquanto Lenny Kravitz, inclusive, já cantava sobre a queda do estilo em seu clássico “Rock N’ Roll Is Dead”.

Me refiro a mainstream, paradas de sucesso, e afins. Neste contexto, surgiram várias bandas que muitos diziam ser as salvações do rock, mas que no futuro não conseguiram sequer se salvar. Quando o milênio virou, pouco ou quase nada de Rock havia no front do mainstream.

Você que viveu aquele período de transição, se lembra de algo além da explosão do hit “It’s My Life”, do Bon Jovi, sucesso do álbum “Crush” (2000)? Talvez “Elevation”, do U2

Os 20 “Salvadores” do Rock Nos Anos 2000

No fim dos anos 1990 e começo dos anos 2000, surgiram novas bandas que primavam por um Rock mais simples e com características setentistas do Rock Clássico, que atingiu o grupo descolado (leia-se indie) em cheio, rendendo bons frutos em termos de sucesso. As principais neste instante eram os Strokes e o White Stripes.

O Strokes nasceu na cidade de Nova York e se “tornou” a “salvação do rock” do ano de 2001 por causa de seu grande primeiro álbum, “Is This It”. Neste play, se destacam as músicas “Last Night”, “Someday” e “Hard To Explain”. Eles ainda emplacaram outro grande hit, “Repitilia”, no segundo disco, mas depois caíram na auto-indulgência e se relegam a pregar para convertidos.

Já o White Stripes primava pela originalidade do mais relevante nome desta geração do Rock: Jack White. A formação trazia apenas Jack White e Meg White, que na época não se decidiam ser cônjuges ou irmãos em declarações oficiais. Foco maior para o segundo álbum “De Stijl” (como os destaques “You’re Pretty Good Looking(For a Girl) e “Hello Operator”) e o quarto álbum, “Elephant”, que traz as melhores músicas da dupla, à saber, “I Just Don’t Know What To do With Myself” e “Seven Nation Army”, esta segunda, quiçá, o último grande hino do Rock, que ganhou até mesmo os estádios de futebol. Posteriormente, a dupla paralisou suas atividades e Jack White segue seus projetos paralelos, como o ótimo supergrupo The Racounters e uma brilhante carreira solo.

O mais relevante nome desta geração do Rock: Jack White.

Como toda moda, após estes dois, surgiram vários grupos no estilo, como o The Hives. Outro grupo desta safra que teve sua parcela de salvador do Rock nestes tempos, por resgatar a atitude roqueira dos anos 70, foi o ótimo e visceral The Libertines.

No ano de 2002 o Hellacopters chegou fazendo um som sujo, pesado e rápido, e obteve destaque com o ótimo “High Visibility” sendo anunciado como mais uma peça da “nova” salvação do Rock que não passou de mais seis anos.

A maior aposta da primeira metade da década era o The Darkness. O primeiro álbum, “Permission To Land”, unia Queen, AC/DC e Def Leppard, em hits como “I Believe In A Thing Called Love”, “Black Shuck” e “Growing On Me”, e foi recebido com festa pela mídia especializada, e pelos saudosistas de plantão. Mesmo com uma carga de deboche fervilhante, a banda não passou de um fraco segundo álbum denominado “One Way Ticket To Hell… And Back”.

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O supergrupo Audioslave também participou desta renovação roqueira. Lançaram três ótimos álbuns com destaque para os dois primeiros, auto-intitulado e Out Of Exile. Mas como era formado por renomados músicos da geração anterior, deixaremos apenas uma menção a eles. Nesta leva, ainda podemos citar o The KillersFranz Ferdinand, Danko Jones, e o Artic Monkeys. Mais recentemente, as salvações do Rock são os grupos Avenged Sevenfold e o Wolfmother.

Das bandas que conseguiram dar continuidade a suas carreiras com qualidade, podemos citar o System Of A Down, que com certeza foi uma das únicas bandas que conseguiu salvar a si mesma, além de salvar o Rock, em álbuns muito acima da média. Seu grande álbum de 2001, “Toxicity”, trazia os hits “Chop Suey”, “Aerials” e “Toxicity”. Outra banda que se destacou e continua primando pela qualidade é o Slipknot. Seus dois primeiros álbuns são destaques absolutos desta nova geração de bandas e a música “Before I Forget” beira a uma espécie de hino roqueiro dos anos modernos.

Slipknot em toda sua agressividade teatral, resgatando os elementos do shock rock para as audiências modernas.

Muitos enquadram erroneamente, tanto o Slipknot quanto o System of a Down, dentro do Nu Metal, num mesmo balaio que Limp Bizkit, Linkin Park (“Hybrid Theory” é um excelente álbum, mas só este!), Coal Chamber e Deftones, bandas que também tinham suas qualidades, pontuais, mas existiam, rendendo bons hits à cena naquele período.

Assim como o Audioslave, o Queens Of The Stone Age era formado por nomes da geração anterior, e trouxe um pouco da sujeira estradeira para o Rock, fazendo um som denominado de stoner rock. Seu álbum “Songs for The Deaf”, de 2002, trouxe hits como “No One Knows”e “Mosquito Song”. Mesmo com um som um pouco mais pop não poderíamos deixar de citar o Coldplay e o Muse, bandas indicadas pelos renomado vocalista James Labrie do Dream Theater, ou o Nickelback.

As três bandas tiveram uma grande participação na primeira década dos anos 2000 trazendo, novamente, seja o pop ou o Rock, para as primeiras colocações nos charts americanos ou europeus, e no caso do Nickelback, o álbum “Silver Side Up”, junto a “Break The Silence”, do Staind, são obrigatórios da época.

Na verdade, o Rock é o estilo com maior personalidade na música moderna mundial. Este segmento musical já possui uma gama fiel de fãs que tornam o rock um estilo independente do sucesso do mainstream. Assim,  posso afirmar que o rock nunca morreu, ele apenas se relegou ao seu círculo de fãs fiéis da mesma maneira como aconteceu com o Blues e o Jazz alguns anos antes.

Ou seja, o Rock não morreu, mas foi promovido ao posto onde se encontram estilos que eu gosto de chamar de Música Clássica. Porém, o caminho tomado pela música hoje em dia é discutível no quesito qualidade, mas isso é assunto para uma outro artigo.

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  4. Audioslave – “Audioslave” [Disco de Vinil 180 gramas]
  5. Queens of the Stone Age – “Songs For The Deaf” [Disco de Vinil duplo]

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