A banda Bon Jovi teve uma asccenção meteórica nos anos 1980, capaz de desbancar ídolos pop como Madonna e Michael Jackson nas paradas de sucesso. Vamos mergulhar na eletrizante biografia desta banda que transportou o hard rock para o mainstream de sua época. Descubra como eles conquistaram as paradas, superaram gigantes do pop e deixaram um legado inesquecível. Prepare-se para reviver uma era dourada do rock e sentir a energia contagiante de Bon Jovi!
Introdução
O Bon Jovi foi uma das bandas que simbolizaram o rock americano da segunda metade dos anos 1980.
Queiram ou não, o quinteto liderada pelo vocalista Jon Bon Jovi se destacou no mainstream daquela década, sendo não só uma banda a ganhar um lugar ao sol dentro do mar de nomes que surgiam no hard rock daquele período.
Não só isso, a providencial pausa no auge do hard rock que precedeu o rápido declínio impulsionado pelo grunge, permitiu que o Bon Jovi renovasse sua sonoridade na década seguinte para se manter em primeiro plano no contexto pop dos anos 1990, que foi implacável com os remanescentes da década anterior. Lembre-se que nem o Guns N’ Roses passou incólume por aquela última década do milênio.
Todo o sucesso que o Bon Jovi usou a seu favor nos últimos trinta anos foi construído nos anos 1980. Tudo bem que discos como “Keep the Faith” (1992), “These Days” (1995), e até a coletânea “Crossroads” (1994), com singles como “Always” e “Someday I’ll Be Saturday Night”, ajudaram a alimentar o sucesso acachapante da banda e todo aquele apelo comercial levou-os a um público que muitas vezes nem era apreciador do rock.
Porém, foi nos anos oitenta que Jon Bon Jovi, junto ao parceiro Richie Sambora, a contraparte importante na química viciante da musicalidade do Bon Jovi, além de David Bryan, Tico Torres e Alec John Such, enfrentou o competitivo mercado norte -americano e se tornou a banda do hard rock a romper o nicho e roubar os primeiros postos dos charts de sucesso de nomes como Madonna e Michael Jackson.
A consequência disso é um dos casos mais bem sucedidos do mercado musical e seu nome marcado na história do rock. Tanto que as “cópias” do que o Bon Jovi fez nos anos oitenta estão aí, até hoje, como o H.E.A.T. e o Crazy Lixx, só pra citar os mais recentes e fingirmos que o Firehouse e o Cinderella foram casos isolados lá atrás.
Hoje, vamos olha para esse recorte na história do Bon Jovi: os anos 1980. Uma trajetória que é uma espécie de crônica roqueira dos anos 1980, de uma banda, ao contrário da maioria de seus congêneres, sempre encarada como uma empresa por seu líder Jon Bon Jovi, que levou o “sonho americano” para o mundo do rock!
Os Primeiros Anos de Jon Bon Jovi
Não é segredo pra ninguém que mesmo com o entrosamento entre os músicos que formariam o Bon Jovi e transformariam-no num dos maiores nomes do mundo do rock, o líder/dono da banda sempre foi Jon Bon Jovi.
Até por isso, de forma resumida, podemos dizer que o Bon Jovi começa a surgir com a mudança da família Bongiovi para Sayreville, em New Jersey. Na nova escola, o jovem John começa a ter contato com amigos que também se interessavam por música e logo participa de suas primeiras bandas.
Tanto que em 1980 Jon Bon Jovi já estava em sua terceira banda, The Rest, após tocar com Atlantic City Expressway (uma espécie de assembléia r&b formada por estudantes do high school onde também tocava David Bryan) e John Bongiovi and the Wild Ones.
Com o passar do tempo, o interesse de John pela música começava a mostrar um desejo por profissionalismo e ele foi trabalhar no estúdio do primo Tony Bongiovi, o Power Station, em tarefas simples e menores.
Porém, ali ele tinha a possibilidade de ver de perto nomes que já estavam no mercado fonográfico executando o trabalho que ele sonhava m ter. Lá ele viu o Aerosmith, o Ramones e o Huey Lewis and The News, que usavam o estúdio naquele período para gravar seus discos.
O trabalho era duro, mas o aprendizado foi determinante para seu futuro.
Em 1982, o ainda John Bongiovi já trabalhava em suas músicas no próprio Power Station. Ele tinha permissão para trabalhar em suas fitas demo depois que o expediente do estúdio já havia terminado.
Justamente dali sairia a composição “Runaway” que logo se tornaria um sucesso regional após ser gravada por músicos de estúdio.
Composta ao lado de George Karak, a primeira versão desta música foi gravada com músicos de estúdio, dentre eles, o baixista Hugh McDonald, hoje músico contratado do Bon Jovi desde a saída do baixista Alec John Such. O fruto desta temporada do Power Station foi uma primeira demo tape.
Durante quatro anos, Jon Bon Jovi trabalhou no Power Station, onde aproveitava para registrar suas músicas, mais tarde compiladas nas coletâneas “The Power Station Years”, lançadas aqui no Brasil em dois volumes intitulados “John Bongiovi – The Power Station Years 1980 – 1983”.
Nas vinte composições que completam os dois volumes da coletânea já percebemos algo notório nas músicas do Bon Jovi atuais. Ele tinha muita admiração por Bruce Springsteen. Basta conferir músicas interessantes como “Stingin’ a Line”, “More Than We Bargained For”, e “Talkin’ In Your Sleep” para ter mos a certeza disso. Assim como seu potencial para compor baladas emocionais está marcado na inocente, mas bela “Maybe Tomorrow”, uma espécie de herdeira de “Beth”, do Kiss.
Além disso, essa coletânea nos ajuda a perceber como a evolução de Jon Bon Jovi como cantor e compositor aconteceu de forma rápida, pois “Runaway”, a última enumerada das vinte faixas é muito acima das demais em qualidade. E ainda assim, nem chega perto do poder que ouviríamos em 1986.
Mas até a explosão com “Livin’ On a Prayer”, ainda teríamos algum tempo!
Bon Jovi, 1984: O primeiro disco de estúdio!
Assim que “Runaway” começou a ganhar espaço nas rádios Jon começou a buscar por músicos para formar uma banda definitiva.
Na primeira encarnação do Bon Jovi, além de Jon, já tínhamos Tico Torres na bateria, Alec John Such no baixo, e David Bryan (à época assinando como David Rashbaum) nos teclados. O responsável pela guitarra era Dave “Snake” Sabo, que logo deu lugar a Richie Sambora, e mais tarde ganharia fama no Skid Row.
Quando “Runaway” de fato explodiu nas rádios, a Polygram não demorou a assinar com o quinteto (com a influência do polêmico empresário Doc McGhee) e mandá-los para o estúdio sob a supervisão de Lance Quinn e do próprio Tony Bongiovi.
Em 21 de janeiro de 1984, o Bon Jovi lança seu primeiro disco guiado pelo single de “Runaway”, com letra tipicamente oitentista e clipe que emprestava o hype do filme “Carrie – A Estranha”. A versão desta música que abre o disco, inclusive, é a mesma gravada em junho de 1982, com a banda creditada como The Allstar Review (Tim Pierce [guitarra], Roy Bittan [teclados], Frankie La Rocka (bateria), Huey MacDonald [baixo]).
Até por isso, é notável a diferença de produção, abordagem, qualidade dos backing vocals e até da voz de Jon Bon Jovi para o restante do disco.
Dentre as demais composições ainda destacam-se “She Don’t Know Me” (que virou single em maio de 1984), “Burning For Love”, “Shot Through the Heart”, “Come Back”, “Get Ready”, e “Roulette”, que antecipavam o potencial da dupla Richie e Jon para compor hard rock cativante e cheio de melodias.
Dupla essa que, sem dúvidas, foi uma das mais importantes do rock americano dos anos 1980. Derek Schulman (vocalista do Gentle Giant, de 1970 a 1980, e proeminente executivo da PolyGram Records) descreve a dupla Jon Bon Jovi e Richie Sambora como ying e yang, além de adjetivar a banda formada nos primeiros meses de 1984 como “visceral”.
No mercado norte-americano o formato comercial das músicas deste primeiro álbum obteve resultado e as vendas foram excelentes, levando o Bon Jovi a abrir shows para bandas como o ZZ Top, Kiss e Scorpions, além de lhes dar a chance de ir ao Japão pela primeira vez.
Bon Jovi, 1985: À 7800º Fahrenheit
Apesar do sucesso do primeiro álbum, a figura de Jon Bon Jovi ainda não era conhecida, algo que começaria a mudar com as poucas capas das revistas que conseguiriam com o vindouro segundo disco.
Lançado em março de 1985, “7800º Fahrenheit” não empolgou tanto quanto seu antecessor, mesmo com algumas boas composições. “The Price of Love”, “In and Out of Love” (lançada como single em maio) , e “Hardest Part Is The Night” (o single de agosto) são pérolas de um disco que mais tarde seria ignorado na construção do setlist dos shows, à exceção de “Only Lonely”, faixa de relativo sucesso como single naquele mesmo ano.
Os singles escolhidos não causaram comoção e a balada “Silent Night”, apesar de ganhar um clipe mais elaborado, é exemplo claro disso, pois é uma das piores coisas que o Bon Jovi já produziu, tanto em música quanto em clipe.
Mas não há como negar que a banda continuava crescendo! A apresentação no Monsters of Rock de 1985, na Inglaterra, ao lado do Ratt, confirma isso! Claro, o sucesso no Japão continuava crescendo. Mas Jon Bon Jovi e seus asseclas queria a América e a Europa conquistadas!
A única certeza é que faltava pouco para descobrir o que faria do Bon Jovi gigante. A erupção vulcânica aventada no título, aquela que catapultaria a banda ao primeiro escalão do rock nos anos 1980, foi protelada.
Bon Jovi, 1986: O Sucesso de “Slippery When Wet”
O hard rock era o gênero que comandava o rock em 1986. Era a era dourada do hair metal! Dentre nomes consagrados e novatos, ou experientes bandas de heavy metal que se rendiam ao afetamento do hard rock, emergia a nova super-banda do gênero: o Bon Jovi enfim explodia com seu terceiro álbum “Slippery When Wet”.
Insatisfeito com o resultado dos singles de seu álbum anterior, Jon Bon Jovi resolveu aceitar a sugestão de Gene Simmons, do Kiss, e trabalhar com o compositor Desmond Child, o grande hitmaker dos anos 1980, que mais tarde ressuscitaria a carreira de nomes como Alice Cooper e Aerosmith. O cara ajudou a vender mais de 300 000 000 de discos com suas músicas.
Com ele em cena, a dupla Jon e Richie compuseram duas daquelas que seriam as música responsáveis por fazer do Bon Jovi uma febre mundial: “Livin’ On a Prayer” e “You Give Love a Bad Name”. O disco “Slippery When Wet” foi antecipado pelo single de “You Give Love A Bad Name”, lançado em julho de 1986, e já causou verdadeiro estardalhaço entre público e crítica.
Quando o álbum foi lançado em agosto daquele mesmo ano, junto com o single de “Let it Rock”, o terreno já estava preparado para o sucesso que impulsionaria as vendas de quase trinta milhões de cópias pelo mundo a fora.
No Halloween de 1986 o single de “Livin on a Prayer” era lançado e o Bon Jovi mostrava à industria que o hard rock poderia ser tão rentável e acessível quanto o pop de Madonna ou Michael Jackson. Aqui é importante lembrar que, posteriormente, o Def Leppard elevaria essa verdade à máxima potência no histórico “Hysteria” (1987).
E hoje em dia é até estranho pensar, quanto mais aceitar a ideia de que Jon Bon Jovi não queira a faixa “Livin’ On a Prayer” no disco, mas de fato isso ocorreu.
Na verdade, se você olhar para o disco como um todo perceberá que o Bon Jovi foi inteligente ao usar de pontos estratégicos do pop (nas baladas “Never Say Goodbye” e ‘Without Love”, por exemplo) e do country/southern (em “Wanted Dead or Alive”), bem como do hard rock (na abertura com “Let It Rock”), e do rock tipicamente norte americano (“Wild In the Streets” parece ser uma discreta tentativa de Jon Bon Jovi encarnar uma versão de Bruce Springsteen) para montar uma versão quase que universal de pop metal nos anos 1980 (que ouvimos não só em “You Give Love A Bad Name”, e “Livin’ On a Prayer”, mas também em “Raise Your Hands” – que entrou na trilha sonora do filme “Spaceballs” [1987] – e “I’d Die For You”).
Além de Desmond Child, outra mudança para esse novo disco veio de dento do estúdio: o produtor agora era Bruce Fairbairn, que foi contrato por causa da produção que ele fizera para a banda Black n’ Blue, e eles gravaram o disco no Canadá.
Pela primeira vez o Bon Jovi conseguia atingir o topo de todos os charts mais importantes do mundo, além de vender discos de foram vertiginosa e emplacar um sucesso atrás do outro. A fase era tão boa que em seus seis primeiros meses de lançamento, “Slippery When Wet” vendia um milhão de cópias por mês e até o início de 1987 o Bon Jovi era a banda mais pedida na MTV pela audiência.
Até pelas letras que dialogavam com as narrativas cinematográficas da década e a exploração da imagem do vocalista Jon Bon Jovi, o público da banda era propenso a ser feminino.
Para contornar essa condição, as mentes por trás da banda usaram duas estratégias: 1) colocaram-na para excursionar com os nomes mais respeitados e pesados do hard rock daqueles dias: Kiss e Scorpions; e 2) mudaram o próximo single de “Never Say Goodbye” para uma outra balada com apelo country/rock que dialogasse com o espírito marculino do cowboy norte-americano.
Logo, no início de 1987, quando foi lançado, o single de “Wanted Dead or Alive” também fez barulho, pondo o country impregnado de espirito western e fora-da-lei como mais um elemento adicionado à fórmula do Bon Jovi.
Claro que o ano de 1987 foi intenso pelos palcos. Era hora de capitalizar o sucesso também com shows. Durante a turnê, Jon Bon Jovi apresentou problemas com sua voz, o que acabou impactando sua performance no palco, principalmente na confiança em atingir as notas altas. Foi aí que Richie Sambora e David Bryan ganharam ainda mais força com seus vocais de apoio.
Foi um período complicado para o líder da banda que teve problemas de saúde durante a desgastante turnê de promoção do disco pelos Estados Unidos. Quando o single de “Never Say Goodbye” só foi lançado, em julho de 1987, e fez um bom papel nos charts da Inglaterra, a turnê cruzou o Atlântico, com destaque ao show como headliner do Monsters of Rock, tradicionalíssimo festival inglês.
Aquela edição de 22 de agosto de 1987 foi histórica por ser a primeira com apenas bandas norte americanas no cast, que era completado por Anthrax, Dio, W.A.S.P., Cinderella e Metallica. Para a banda era o ápice, tanto do sucesso quanto do desgaste físico e psicológico, tanto que que Jon Bon Jovi mais tarde confessaria que estava realmente muito doente: “eu não podia cantar e nós parecíamos mortos”.
Mas a turnê ainda passaria pela Austrália e pelo Japão, só encerrando em meados de outubro de 1987, no Hawaii. No saldo final, um lucro de de quase trinta milhões de dólares, duzentos shows pelo mundo ao longo de dezesseis meses, e o disco mais vendido do hard rock até então.
O que qualquer um faria nessas circunstâncias era dar uma pausa, ou apenas diminuir o ritmo e se recuperar. Mas Jon Bon Jovi tinha em mente a pressão de afirmar a banda na posição que conquistou. Ele declarou: “No ano seguinte, eu planejo ser ainda melhor. Eu quero um disco ainda maior e fazer mais shows”.
Bon Jovi, 1988: A afirmação com “New Jersey”
Em 1988 a cena hard rock era ainda mais competitiva! Veteranos como Kiss, Aerosmith, Van Halen, Whitesnake e Alice Cooper estão de volta com força total, enquanto “novatos” como Motley Crue, Def Leppard, Poison, e o todo-poderoso Guns Roses conclamavam sua fatia do bolo do mainstream.
O Bon Jovi trazia na bagagem o trunfo de ter extrapolado o nicho do hard rock com “Livin on a Prayer” – o que abria competição com outros nomes fortes da música pop da época, como U2, Madonna, e Michael Jackson, pra ficar nos maiores – mas o próximo disco era a parte mais difícil: a afirmação.
Num mercado tão competitivo, “bandas de momento” surgiam e apagavam com estrelas cadentes. No caso do Bon Jovi, além dessa pressão de se manter no topo, ainda existia o desgaste da batalha por sobrevivência que acabou se tornando a turnê de “Slippery When Wet”.
Com “New Jersey”, disco de 1988, o Bon Jovi não só reafirmou sua posição de sucesso dentro do mercado fonográfico, como extrapolou ainda mais o nicho do hard rock.
Claro que “Lay Your Hands On Me” e “Bad Medicine” (mais uma parceria com Desmond Child) foram dois singles de sucesso com suas raízes fincada no hard rock, mas era inegável que “Born to Be my Baby”, “I’ll Be There For You” (que chegou a ser trilha sonora de novela da Globo aqui no Brasil, assim como “Never Say Goodbye”), “Livin In Sin” e “Sticky To Your Guns” (que junto a “Ride Cowboy Ride” reafirmavam a aproximação com a cultura country) iam novamente do pop rock às power ballads alinhadas ao que nomes fora do hard rock faziam naqueles dias.
Até a imagem da banda foi amenizada. O Bon Jovi era, de fato, uma “banda de arena” e Jon Bon Jovi já era um popstar mundial.
“New Jersey”, que à priori se chamaria “Sons of Bitches” e cuja capa seria uma uma colagem gráfica inspirada pela arte de “Sgt. Peppers”, dos Beatles, com cenas familiares de New Jersey , manteve o mesmo time vitorioso que gravou e produziu o álbum anterior, inclusive usando o mesmo estúdio em Vancouver, no Canadá.
Voltando um pouco no tempo, podemos dizer que Richie e Jon pouco descansaram após o fim da turnê do disco anterior em outubro de 1987. No natal daquele mesmo ano a dupla já havia trabalho em dezessete novas composições para o próximo álbum.
Mas a maioria não parecia boa o suficiente para o status que a banda atingiu. Tanto que nas primeiras semanas de 1988 a dupla já estava novamente em contato com Desmond Child, para ajudá-los na missão.
O trio produziu “Bad Medicine”, “Born to be My Baby”, “Blood on Blood”, e “Wild is the Wind” que entrou no repertório oficial do disco, além de outras que saíram em coletâneas, singles e edições especiais como “Love is War”, “Let’s Make it Baby”, “Does Anybody Fall in Love No More” e “Diamond Ring”, que anos depois apareceria retrabalhada no excelente disco “These Days”.
No fim do processo de composição as ideias fluíram tão bem que Richie Sambora e Jon Bon Jovi já consideravam lançar um álbum duplo. Porém a gravadora não concordou com o lançamento do formato por considerá-lo dispendioso.
Sendo assim, das canções originais compostas, doze foram escolhidas para o disco e “Bad Medicine” foi o primeiro single lançado duas semanas antes do álbum, em setembro de 1988, com uma espécie de boogie e rock n’ roll renovado por guitarras pesadas e intensas.
Logo as altas posições dos charts eram alcançadas novamente. Número #1 no Canadá, Suécia, Suíça, Nova Zelândia, Austrália e Reino Unido. Nos Estados Unidos, estreou na oitava posição, mas na semana seguinte já galgava o primeiro lugar onde ficou por quatro semanas seguidas. Todos os cinco singles retirados de “New Jersey” atingiram o top ten.
No embalo, uma nova turnê de 16 meses foi planejada com projeção de 267 shows por vinte e seis países.
Mas nem só dos singles vive “New Jersey”. Disparado o melhor disco do Bon Jovi nos anos 1980, ainda podemos conferir a sensacional “Blood on Blood”, inspirada pelo filme “Stand By Me” (no Brasil, “Conta Comigo”), um versão cinematográfica para um dos melhores contos de Stephen King. Aliás, o primeiro nome dessa música era justamente o nome do filme.
Além dela, são coadjuvantes de primeiro nível as baladas “Sticky To Your Guns” e “”Wild is the Wind”, além de faixas como “Homebound Train” (com Jon Bon Jovi e seus uivos trabalhando ao lado das guitarras injetadas de blues de Richie Sambora), “99 in the Shade” (cuja letra remete a “Livin’ On A Prayer” pelas referências aos personagens Tommy e Gina) e “Love For Sale” (que reflete toda a diversão que a banda sentia naquele momento fechando o disco).
Em abril de 1989, o Bon Jovi estava ao lado do Gorky Park, Cinderella, Scorpions, Ozzy Osbourne, Skid Row e Motley Crue no The Moscow Music Peace Festival.
Bon Jovi, 1990: O primeiro Hiato e os Álbuns Solo
Logo a festa de excessos do hard rock acabaria, pois “do outro lado da rua” bandas como Alice In Chains, Pantera e Mother Love Bone preparavam um forma mais pesada e menos afetada do rock/metal norte americano a ser servida como tônico para curar a ressaca da overdose de purpurina, exibicionismos e laquê.
Tanto que 1991 pode ser considerado o último suspiro do hair metal ou hard rock nos charts e muito por causa do Skid Row e do Guns N’ Roses, essa última a única capaz de medir forças com a explosão do Nirvana causada por seu histórico “Nevermind”.
Nesse meio tempo, enquanto a guerra entre o time da Sunset strip e o time de Seattle eclodia no mainstream do rock, o Bon Jovi hibernava e esperava por qual seria a Nova Ordem no mundo da música norte-americana.
Após a turnê de “New Jersey”, a banda entrou em um hiato por tempo indeterminado para descansar. Jon, Richie e David Bryan aproveitaram o momento para colocar em prática suas respectivas carreiras solo. E os três enveredaram por estilos diferentes, explorando gêneros e nuances de composição alheios ao praticado com a banda.
Os Discos Solo de Jon Bon Jovi, Richie Sambora e David Bryan
Em 1990, Jon Bon Jovi trabalhou com a trilha sonora do filme “Young Guns II” (no Brasil intitulado “Jovens Demais Pra Morrer”), onde ele pode extrapolar as heranças country/western da cultura norte-americana já exploradas mais discretamente no sucesso “Wanted Dead or Alive”.
Inclusive o projeto surgiu porque Emilio Estevez, que protagoniza o filme como Billy The Kid, pediu a Jon Bon Jovi para usar essa música no filme. Rapidamente Jon propôs compor uma música nova, que logo virou um disco inteiro.
Foi nesse álbum solo onde surgiu a música “Blaze of Glory”, que se tornou um sucesso tão grande que a banda a incorporaria ao seu repertório quando retornasse na próxima década. Essa composição de Jon Bon Jovi seria indicada ao Oscar de 1991 e venceria o Globo de Ouro naquele mesmo ano.
Mesmo ano que Richie Sambora lançaria seu primeiro álbum solo, “Stranger in this Town”, mostrando suas influências de blues, além de que também podia ser um ótimo cantor. Seu companheiros de banda David Bryan e Tico Torres participam do disco, assim como o deus da guitarra, Eric Clapton.
O disco de Richie Sambora não foi tão bem sucedido quanto o de Jon Bon Jovi, mas traz bons momentos, como “Ballad of Youth”, “Only Light Burning” e a faixa-título.
Já David Bryan se dedicou a compor a trilha sonora do filme “Netherworld”, que seria lançado em 1992, mostrando que os três principais compositores da banda já entendiam os rumos que o mercado tomava no início da nova década, e tentavam de toda a forma se distanciar de rótulos que pudessem limitar ou deixar sua imagem datada para os novos tempos.
A ruptura definitiva com o Hard Rock oitentista do Bon Jovi viria com “Keep The Faith”, em 1992, onde amadureceriam as letras em diversos pontos e trariam Bob Rock (que ajudou a construir a sonoridade do “Black Album”, do Metallica) para modernizar o som da banda, afinal, quando voltaram a guerra já havia sido vencida e o hard rock oitentista exalava seus últimos suspiros. Nem o Guns N’ Roses sobreviveria – mas aí eu já eu acho que por rebeliões internas.
A partir de então, o Bon Jovi olharia para o futuro, tentando entender e enquadrar sua música nos anos 1990. Mas aí, o assunto fica pra outro texto!
Leia Mais:
- Bon Jovi – Resenha de “This House Is Not For Sale” (2016)
- Bon Jovi – Resenha de “2020” (2020)
- Mötley Crüe | 5 discos pra conhecer a banda que definiu o Glam Metal
- Aerosmith – A História da banda em 5 discos essenciais!
- De ‘Slide It In’ a ‘1987’: Os 5 Discos Imperdíveis da Banda Whitesnake
Os melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração
Procurando os melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração para curtir suas músicas favoritas? Este guia destaca as 6 principais opções que você deve considerar atualmente. Abaixo te dou um resumo deste guia:
No geral, os melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração | Fones de ouvido sem fio Sony WH-1000XM5 |
Fones de ouvido sem fio mais confortáveis com bateria de longa duração | Fones de ouvido Bluetooth sem fio Bose QuietComfort 35 II |
Os melhores fones de ouvido sem fio econômicos com bateria de longa duração | Fones de ouvido sem fio Skullcandy Hesh 2 |
Fones de ouvido sem fio mais duráveis com bateria de longa duração | Fones de ouvido sem fio Sennheiser Momentum 4 |
Os melhores fones de ouvido sem fio Bluetooth com bateria de longa duração | Fones de ouvido Anker Life Q30 |
Fones de ouvido sem fio com melhor custo benefício e bateria de longa duração | Fones de ouvido Edifier W800BT PLUS |
Outros Artigos que Podem Ser do Seu Interesse:
- Kindle Unlimited: 10 razões para usar os 30 dias grátis e assinar
- Os 6 melhores fones de ouvido sem fio com bateria de longa duração hoje em dia
- Edição de Vídeo como Renda Extra: Os 5 Notebooks Mais Recomendados
- As 3 Formas de Organizar sua Rotina que Impulsionarão sua Criatividade
- Camisetas Insider: A Camiseta Básica Perfeita para o Homem Moderno