Venha conosco explorar o fascinante universo literário de Hermann Hesse através de trêsde suas obras essenciais. Neste artigo, mergulharemos nas profundezas de “Demian”, “O Lobo da Estepe” e “O Jogo das Contas de Vidro”, descobrindo as mensagens filosóficas e a riqueza literária que definem a genialidade desse renomado autor suíço-alemão.
Assista nosso vídeo completo sobre os 3 Livros de Hermann Hesse |
Introdução
O escritor Hermann Hesse, Nobel de Literatura de 1946, é um dos maiores nomes da literatura alemã do século XX, cujos livros criaram uma espécie de culto místico. Em sua obra, mais do que para grande parte dos escritores, o conhecimento de sua biografia se faz necessário à boa compreensão dos elementos que utiliza em suas narrativas.
Criado no mais rígido rigor religioso, passou pelo seminário e, após se tornar aprendiz de relojoeiro, Hermann Hesse virou auxiliar de livraria. Sempre obstinado a se tornar poeta, esta experiência como livreiro lhe permitiu a publicação de seus “Cantos Românticos”, em 1899, e cinco anos mais tarde, sua primeira novela que lhe rendeu a autonomia necessária para viver da literatura.
Muitos de seus personagens são pedaços e projeções de si próprio e hoje apresentamos três peças de sua obra cujos personagens principais compreendem exatamente esta característica projecionista do guru Hermann Hesse, em cada uma das fases de sua vida.
Hoje, queremos elencar três livros para começar a se aventurar pela obra de Hermann Hesse, um escritor igualado a nomes como William Golding, Albert Camus, Franz Kafka, Aldous Huxley e George Orwell.
Os 3 Livros de Hermann Hesse que Você Devia Ler Antes de Morrer
Hermann Hesse, laureado com o Nobel de Literatura em 1946, deixou um legado literário profundo e místico no século XX. Em sua jornada desde “Cantos Românticos” até suas obras-primas como “Demian”, “O Lobo da Estepe” e “O Jogo das Contas de Vidro”, Hesse entrelaça sua própria vida nas narrativas, desafiando tradições e explorando a complexidade da psique humana.
Esta lista mergulha na análise meticulosa dessas obras, destacando aspectos de composição, performance e produção, revelando a riqueza única do mundo literário de Hermann Hesse.
1) “Demian” (1919)
Esta é a primeira grande obra de Hermann Hesse, que inicia o caminho que passará por “Sidarta” (1922) e culminará em “O Lobo da Estepe” (1927), sua indiscutível obra-prima. “Demian” traz no personagem principal, Emil Sinclair, um reflexo jovem do escritor que buscava uma visão multi-latitudinal do mundo dentro de si próprio, uma inovação em sua escrita naquele momento. A mensagem é clara: quem quiser evoluir terá que romper com tradições antiquadas e mortas, além lutar para encontrar uma própria razão de existir.
Além disso, temos inserções pontuais da doutrina de Freud em contraponto ao rigor religioso que construiu a personalidade de Hermann Hesse. Por fim, cabe dizer que Sinclair pode ser o desenho que Hesse queria para sua própria existência: os dois compartilham a mesma infância, a relação com os pais e o mesmo desencaixe ao mundo, além de um olhar de desprezo pelas implicações da guerra. Uma obra obrigatória!
2) “O Lobo da Estepe” (1927)
Indubitavelmente, “O Lobo da Estepe” é a obra-prima de Hermann Hesse, onde ele explora de modo brilhante a dualidade entre os ideias nobres e a valorização do intelecto, defronte aos instintos mais primitivos e carnais do ser humano.
Esta guerra tão inerente a cada um de nós divide o protagonista Harry Haller em seu íntimo, impelindo-o a investigar cada uma das faces de seu ser numa exploração máxima, envolvendo sexualidade, clubes de dança, e pessoas que não primavam de seu apreço, dando um status de descoberta intelectual a estas experiências.
Cheia de nuances e tensões, “O Lobo da Estepe” é de difícil digestão e compreensão, principalmente pelo desfecho pouco tradicional. Além disso, no pano de fundo temos um olhar crítico quanto a sociedade, dando um caráter quase profético ao que se seguiria nas próximas décadas na Alemanha. Um dos clássicos não só de Hermann Hesse, mas da literatura do século XX.
3) “O Jogo das Contas de Vidro” (1943)
“O Jogo das Contas de Vidro” foi lançado quando Hermann Hesse já se aproximava dos setenta anos e escrito nos primeiros anos da década de 1940, tão conturbados no continente europeu.
Transcorrendo fora do tempo, a obra oferece uma eloquente reflexão sobre as esferas políticas e da vida contemplativa, vestida nos trajes clássicos da utopia. Hermann Hesse situou sua comunidade utópica no futuro, no ano de 2 200, para contar a história de Joseph Knecht, até que ele se torne membro de um grupo elitizado de intelectuais na Europa, que vivem e trabalham isolados do restante da sociedade.
Esta comunidade mítica se deleita na prática de um jogo complexo e requintado, não explicado na obra, mas que envolveria uma síntese do conhecimento humano e seria uma alegoria para a cultura inútil, fazendo-nos questionar junto ao personagem principal se, após tanto esforço e estudo, ao se alocar numa posição social confortável, vale a pena se distanciar dos reais problemas do mundo?
Ou seja, em “O Jogo das Contas de Vidro” temos uma alegoria madura e intrincada para a busca do autoconhecimento, elemento perene na obra de Hermann Hesse.
Conclusão:
Em suma, as obras de Hermann Hesse revelam um autor que transcende o convencional, explorando as profundezas da psique humana e desafiando normas sociais. “Demian”, “O Lobo da Estepe” e “O Jogo das Contas de Vidro” formam um tríptico literário, cada obra contribuindo para a compreensão única de Hesse sobre a existência. O legado desse renomado escritor suíço-alemão permanece como um convite para explorar a complexidade da vida através de sua prosa única e filosofia penetrante.
Ofertas dos Livros de Hermann Hesse citados no texto
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- Francisco de Assis – Link do livro
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Li mt Hesse e ha uns 3 anos, voltei a ler esse grande autor q marco mh geracao.
Leituras de juventude, embasaram a busca de conhecimento e equilíbrio.
Não os vejo na estante e merecem releitura.
Sou super fã de Hesse. Tenho 21 livros do autor. Tenho que comprar mais alguns para completar minha coleção.
Li os três,mexeram muito comigo na em cada época.Boa ideia em rele-los.
Sempre esquecem de citar “Knulp” entre os grandes livros de Hesse. Obra do início da carreira do autor.
Li, Hesse, na adolescência, comecei com Sidarta, em seguida, Demian e após uns anos o fascinante O Lo bo da estepe. Guardei e passei aos filhos! Uma profunda, escola, psíquica e intelectual!!!
Hermann Hesse deveria ser obrigatório em todas as escolas. Excepcional, envolvente e de caráter reflexivo. Quando entramos em seu universo a leitura é agradável a ponto de não querer que o livro não acabe nunca.
Gosto de Hernann Hesse. Li quase todos. Grande influencia na minha vida.
Li bastante e recomendo!
Marcaram muito minha adolescência…acho que vou reler 🙂
Maravilha…marcou muito!
Bom relembrar!!!
Gostei muito desse registro sobre o autor…muito jovem li um livro: obstinação, que desejo voltar a ler, agora na idade madura, para lembrar e talvez entender melhor esse livro, cujo titulo, me diz muito.
“Eis me cá, à esboroar momices…” Harry Haller
Conhecimento através da leitura,a melhor arma que um ser humano precisa ter!
Achei que era um dos poucos que leram Hermann Hesse na adolescência. Pelos comentários teve muitos corajosos. Então acredito que as gerações posteriores perderam algo. Eles assustadoramente não lêem nada.
Meus primos e sobrinhos de trinta anos para baixo nunca leram um livro. Assustador. O que houve?
Hesse sempre será “só para os raros”.
De boa, mas esperava que SIDARTA estivesse no topo da lista!
Li NARCISO e GOLDMUND, ganhei de presente de um artista plástico. Ele disse que eu precisava me conhecer; isso foi há muitos anos. Guardo como uma jóia e a cada 4 ou 5 anos, retiro do cofre (estante) e releio e consigo me surpreender sempre.
Quem leu Hesse e não incorporou os seus personagens, que ao final se tornam um. As biguidades refletem as caracteristicas das fases que vivenciei ao longo da vida.Sempre encontro um pedecinho de hesse em cda momento. HESSE PRFETIZOU O QUE EU SERIA AO LONGO DA VIDA.
Li o Lobo da Estepe, ainda jovem, indicado pelo meu dentista na época. Dentista esse que hoje é Reitor em uma Universidade na Capital onde moro. Fiquei muito impressionada com o conteúdo desse livro. Me marcou muito. Nesse momento decidi que vou reler, ele e outros mais desse autor espetacular.
Li muito Hesse na juventude. Que lembrança boa esse artigo me traz.
Será sensacional revisitá-lo agora na maturidade .
Li quase todos aos 20 e poucos , um deles, claro, o lobo da estepe e o jogo de contas de avelorios, tipo crise existencial da galera dos anos 70, plantar uma árvore. Ter um filho e escrever um livro! Vou reler ! Saudade!
Pretendo ler Sidarta. Deveria estar na lists. Mad O Lobo na Estepe sempre vi set o mais comentado. Bom para o povo alemão tê-lo como vencedor do Prêmio logo após a Guerra.
Li muitos livros do Hesse. Autor fundamental. APAIXONANTE.
Falar de Hesse , quem sou eu….ser insignificante perante tão renomado autor.
Ele é bom demais.!!!!!
Ainda não li “O jogo…”
Toda a obra de Hermann Hesse é rica e muito auto-biográfica. Quem procura o sentido do eu no amor puro e verdadeiro, leia Sidartha. Quem busca seus demônios e purificação, leia O Lobo da Estepe (leitura pesada mas libertadora). Demian, é para os que buscam seu eu na infância e juventude. Talvez, o pior livro dele seja O jogo das Contas de Vidro!
Na minha adolescência li Sidarta. Magnifico. Após a leitura desses entusiasmantes comentários, vou ler toda sua obra. Obrigado.
Li 3 livros dele: Demian, O Lobo da Estepe e Sidharta.
Como diz a texto, são fundamentais, pra modificar a vida de qualquer um. Maravilhosos.
Fantástico, inesquecível, li quase todos na adolescência, me apaixonei, continuam vivos em minha memória, são caminhos, são estradas…
Hermann Hesse, simplesmente transcendental dentro de um contexto atual, admirável pela sua essência de pensamentos, sentimentos e comportamentos, mostrando a sua psique de forma genial e diferencial… Tenho a maioria de seus livros….
No romance Noite em Paris que publico no blogue de mesmo nome há um personagem escritor que apesar de sua incredulidades se assemelha aos personagens de Hesse pelo seu lado ascético.